3 Tendências no Desenvolvimento de Óleos para Transmissão

A Inovação nas Transmissões

A caixa de velocidades manual foi, durante décadas, o tipo de transmissão mais utilizado, especialmente na Europa. Mas a inovação não parou: hoje, as transmissões conseguem suportar torques cada vez mais elevados e funcionam de forma mais eficiente. Nos últimos anos, novos materiais como o molibdénio e a fibra de carbono foram introduzidos nas transmissões, resultando em maior durabilidade, melhoria na qualidade das mudanças de velocidade e poupança de combustível.

As transmissões automáticas também estão a tornar-se cada vez mais populares e eficientes. Em particular, as variantes CVT (transmissão continuamente variável) e DCT (transmissão de dupla embraiagem) têm vindo a ganhar quota de mercado. Para além do facto de o condutor não precisar de acionar a embraiagem nem mudar de marcha, estas transmissões mais complexas podem oferecer vantagens em termos de consumo quando comparadas com as caixas manuais. As transmissões automáticas convencionais também evoluíram consideravelmente, não só ao nível do controlo (de hidráulico para eletrónico), mas também no que diz respeito ao número de velocidades. As caixas automáticas de 8 e 9 velocidades tornaram-se comuns, e já estão disponíveis transmissões automáticas de 10 velocidades.

Apesar de as transmissões com mais relações normalmente exigirem mais espaço, uma tendência importante é também a redução do tamanho da caixa de velocidades, especialmente nas automáticas. O objetivo é equipar veículos mais pequenos e leves com transmissões eficientes em termos de consumo. Estas cárteres menores resultam em temperaturas mais elevadas, o que representa um desafio adicional para os lubrificantes utilizados. No desempenho da transmissão — seja na poupança de combustível, suavidade nas mudanças ou aumento da durabilidade — o óleo de transmissão tem um papel determinante. Para alcançar o máximo desempenho, surgem três tendências claras no desenvolvimento dos óleos de transmissão: menor viscosidade, tecnologia de aditivos avançada e cobertura de uma ampla gama de especificações.

1. Menor viscosidade

Num artigo anterior, analisámos o desenvolvimento de óleos de motor cada vez mais finos. A tendência para o uso de lubrificantes de baixa viscosidade com o objetivo de poupar combustível também se verifica no campo dos óleos para transmissões, como se observa no desenvolvimento de fluidos para caixas manuais (MTFs) 75W-80 e 75W. Estes óleos mais finos conseguem também dissipar o calor da transmissão de forma mais rápida. Esta tendência é igualmente visível nas caixas automáticas. Os fluidos modernos para transmissões automáticas (ATFs), como o Eurol ATF 6700 e o ATF 7400, são consideravelmente mais finos do que os ATFs tradicionais. O mesmo movimento em direção a óleos de menor viscosidade verifica-se nas transmissões CVT e DCT. Para otimizar o desempenho da transmissão e prevenir o desgaste, é essencial que o óleo de transmissão proporcione proteção adequada, mesmo com viscosidades baixas e sob temperaturas elevadas.

2. Tecnologia Avançada de Aditivos

Para garantir uma proteção ideal, o óleo de transmissão contém diversos aditivos. Estamos a falar de aditivos antioxidantes, antiespuma, anticorrosão e antidesgaste, além de aditivos EP (Extreme Pressure), melhoradores de viscosidade, modificadores de fricção e dispersantes. A escolha e a quantidade de aditivos utilizados variam consoante o tipo de óleo de transmissão e os requisitos específicos da aplicação.

À medida que as transmissões evoluem, a formulação de aditivos também se torna cada vez mais avançada. Para garantir uma fricção ideal do fluido de transmissão automática (ATF) em todas as condições, os modificadores de fricção assumem um papel cada vez mais importante. Nestes tipos de transmissões complexas, que por vezes têm até 10 velocidades, é crucial que o condutor mude de marcha de forma suave e sem vibrações.

À medida que as transmissões manuais suportam torques cada vez maiores e operam de forma mais eficiente, enfrentam desafios superiores aos do passado. Nos óleos modernos para transmissões manuais (MTF), o aditivo EP (Extreme Pressure), que reduz o desgaste mesmo sob cargas elevadas, ganha destaque e assume um papel essencial.

Para além da procura pela composição ideal de aditivos, verifica-se também um aumento na utilização de óleos base sintéticos. O objetivo é garantir que o óleo de transmissão mantém as suas propriedades sob uma ampla variedade de condições de temperatura e utilização — mesmo com intervalos de troca de óleo mais longos.

3. Ampla Gama de Especificações

Enquanto a API GL-4 era antigamente a especificação padrão para os MTFs (óleos para transmissões manuais), hoje em dia são cada vez mais prescritas especificações OEM específicas. No caso dos ATFs (óleos para transmissões automáticas), o número de especificações chega às centenas. Isto levou ao desenvolvimento de óleos para transmissão que cobrem uma ampla gama de requisitos. Embora os MTFs sejam menos universais, existem vários ATFs com um espectro de aplicação muito abrangente. Isto significa que um único tipo de óleo de transmissão pode ser adequado para diferentes tipos de veículos, como é o caso do Eurol ATF 1100 e do Eurol ATF 6700 para transmissões automáticas.

É fundamental escolher o óleo de transmissão correto que esteja de acordo com as recomendações do fabricante (OEM) e que cumpra as especificações e viscosidade prescritas. Também é essencial seguir as instruções do fabricante quanto ao intervalo de troca de óleo.

Para uma substituição rápida e fácil do óleo das transmissões automáticas, a Eurol disponibiliza a ATF Flush machine. Quer saber qual o óleo de transmissão indicado para o seu Consulte o nosso consultor de óleos.

Future of Transmission Oils

Espera-se que as transmissões automáticas conquistem cada vez mais o mercado, em parte devido à crescente popularidade dos veículos híbridos. As DCTs (transmissões de dupla embraiagem) e as CVTs (transmissões continuamente variáveis) desempenharão um papel importante na poupança de combustível. A aplicação de DCTs e CVTs está também a ser explorada para os veículos elétricos. Com a evolução contínua dos sistemas de transmissão, a importância de utilizar o lubrificante certo torna-se cada vez mais relevante. A compatibilidade com novos materiais e a condutividade do óleo de transmissão nos veículos híbridos são cruciais para garantir uma proteção ideal em todas as condições.

A partir do nosso Centro de Investigação e Desenvolvimento, os nossos engenheiros trabalham continuamente no desenvolvimento e melhoria de produtos e tecnologias. Acompanhamos de perto as inovações do mercado para dotar os nossos óleos para transmissões das propriedades adequadas que garantam desempenho e fiabilidade máximos.